The National é uma banda familiar. O baixista Scott é irmão do baterista Bryan Devendorf. Os guitarristas Aaron e Bryce Dessner são irmãos gêmeos. E todos são camaradas do cantor Matt Berninger. Juntos, eles formaram – no fim dos anos 90 – um grupo de nova-iorquinos vindos de Ohio.
O primeiro álbum, de 2001, foi batizado com o nome da banda e logo rendeu a eles algum prestígio no concorrido circuito de bandas-americanas-candidatas-ao-sucesso. Em seguida, veio “Sad songs for dirty lovers”, que carregava muito mais do que um título provocativo: com este álbum, em 2003, eles chamaram a atenção de quem se interessa pela mistura de alt-country com pop. Em 2004, o The National seguiu firme na definição de uma estética bem própria, reafirmando suas preferências e referências no EP “Cherry tree”. Em 2005, a prestigiosa Beggar’s Banquet assinou com eles e veio à tona o celebrado “Alligator”. Em 2007, era hora de ousar mais e o quinteto deu ao mundo “Boxer”, um disco rico em detalhes que chama atenção pela sofisticada sonoridade, unindo com inteligência guitarras distorcidas e naipes de metais.
A densidade e entrega nas letras de Matt, um existencialista que quase sempre canta em primeira pessoa, puxa o ouvinte para dentro do universo da banda. No mar de rótulos que hoje são usados para definir o que artistas contemporâneos andam fazendo, não é raro ver gente que usa o termo “sadcore” para referir-se ao The National. Pode ser porque a voz de Berninger é capaz de fazer a gente lembrar do bom e velho Joy Division. Mais do que isso, ele nos lembra algo como um encontro entre Ian Curtis, Lou Reed, Nick Cave e Tom Waits.
Felizmente, a cozinha não deixa a desejar. Na turnê que fizeram para divulgar o álbum “Alligator”, os caras não apenas se aproximaram, ao vivo, daquilo que havia sido registrado em estúdio. Eles levaram o som a um novo patamar. Público e crítica adoraram. A prova está na comunidade que se formou/juntou, ao vivo e via web, em torno da banda.
Neste bolo, conte com pelo menos um fã nobre e de peso, muito peso para a opinião dos ianques: Bruce Springsteen. “Boxer”, com suas orquestrações pretensiosas e elaboradas, não levou o The National para longe do pop. Fez muito melhor do que isso: nos lembrou de como instrumentos de cordas podem fazer bem à música que está circulando por aí pelas rádios. Uma fórmula assim pode dar ao ouvinte a impressão de que está viajando até uma época distante. Que nada. Pode comemorar: é música de hoje em dia – bem atual – mesmo.
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Copiado do site do Tim Festival. Eu super recomendo que vocês baixem o Boxer :
http://rapidshare.com/files/43543838/The_National_-_Boxer__2007__AKB.rar.html
Vídeos no tutube:
Slow Show (Ao Vivo no estúdio da AOL)
https://www.youtube.com/watch?v=Zz5pskaTNJU
Mistaken For Strangers
https://www.youtube.com/watch?v=cgRsYkKb1eI
Fake Empire (Ao Vivo no Letterman)
https://www.youtube.com/watch?v=NBujZr20O6M
Abel
https://www.youtube.com/watch?v=LvM4T6BVX-g